quinta-feira, 28 de março de 2013

Base Gato

     Seguindo com a mesma temática dos posts anteriores, a base Gato ou Xi Shi é um treinamento para a capacidade de manter a estabilidade do corpo em apenas uma perna. O peso total do corpo deve estar confortavelmente suportado por esta única perna. Ao fazer a transição de Qi Ma para Xi a cintura é girada a 45 graus. A perna da frente repousa levemente no dedo do pé. Esta perna então gira em torno do quadril para cobrir a virilha. Tudo o peso do corpo é suportado pela perna traseira. A posição das mãos, como já foi dito varia muito em função dos estilos, no entanto, o mais comum é que a  mão superior (lado oposto da perna de apoio) está no nível do nariz. A outra mão está abaixo do cotovelo do braço superior. As duas mãos estão em linha com o nariz, o joelho e o dedos dos pés para a frente. Em Xi Shi, como nas outras posições, a coluna deve estar ereta. 
     O vídeo a seguir é um exemplo dessa postura. Não é perfeito como diz o título mas eu gosto muito do canal de vídeos desse cara.




Xi Shi supostamanete Shaolin:
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Este post foi adaptado do texto original de Richard Miller publicado pela revista Inside Kung Fu em novembro de 1981.

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Fontes: 
http://www.chinafrominside.com/ma/xyxy/diguoyongBIS.html#Instructionalset of ten VCDs
http://www.chinafrominside.com/ma/xyxy/diguoyongBIS.html
http://www.wutanalaska.com/library/articles/bashi/bashi.html

terça-feira, 26 de março de 2013

Base Arco e Flecha

     Continuando o post sobre as bases. Esta segunda base é a postura do Arco e Flecha.
    O corpo deve girar 90 graus quando se desloca de Qi Ma para Jian Gongi (a postura arco e flecha). Aquela que se tornará a perna da frente deve girar sobre o calcanhar e a perna que fica pra traz deve girar sobre a ponta dos pés (parte inferior do pé). Se uma linha fosse desenhada entre as pernas, os dedos do pé da frente e calcanhar do pé de trás iriam apenas toca-la. 60% a 70% do peso são apoiados sobre a perna dianteira e o restante na perna traseira. Quando essa linha de eixo é executada corretamente estamos numa boa base, caso contrário a posição é extremamente instável. A transição para a próxima posição será executada após o retorno a posição Qi Ma e os mesmos pontos de apoio e giro. Novamente o posicionamento das mãos varia muito entre os estilos.




Este post foi adaptado do texto original de Richard Miller publicado pela revista Inside Kung Fu em novembro de 1981.

Revista Inside Kung Fu dezembro de 1981 bases do kung fu posturas katas garra de águia tigre macaco norte kung fu do norte kung-fu gong-fu gong fu











Fontes: 
http://www.chinafrominside.com/ma/xyxy/diguoyongBIS.html#Instructionalset of ten VCDs
http://www.chinafrominside.com/ma/xyxy/diguoyongBIS.html
http://www.wutanalaska.com/library/articles/bashi/bashi.html

domingo, 24 de março de 2013

Bases

     Kung Fu (trabalho duro e dedicação durante um longo período de tempo a para o aperfeiçoamento de uma habilidade), wu shu (arte macial) e guo shu ou kuo shu  (arte marcial chinesa)  são termos frequentemente usados quando falamos sobre artes marciais chinesas.Outros dois termos são ainda pouco conhecidos bai da (combate de mãos vazias) e chuan yong (possuir um espírito bravo e técnica marcial). No Norte da China outro termo, ba shi, é muito utilizado e, apesar de significar arte marcial de maneira geral, é normalmente empregado para designar As Oito Posturas Básicas.
     Diz-se que 70% do Kung Fu praticado no norte da China é perna, e que apenas 30% é mão.  De fato esses 70% referem-se a que o tradição chinesa chama de bu, que significa passo ou “trabalho de pernas”. O shi ba é uma ferramenta fundamental na prática de um treinamento eficaz na busca por um “trabalho de pernas” poderoso e decisivo. Praticar o shi ba potencializa não apenas a força física, mas também cultiva  o qi e o instrumental para uma força mental verdadeira: calma e paciência.
     O Sifu Adam Hsu, que pesquisou o shi ba por mais de 20 anos, afirma que apenas as seis primeiras das oito posições são estabelecidas como prática padrão pela maioria dos Sifus: 1ª) Qi Ma Shi (postura do cavalo – ou cavalgar o cavalo); 2ª) Jian Gong Shi (posição do arco e flecha); 3ª) Xi Shi (postura da perna-vazia ou postura do gato); 4ª) Pu Shi Tui (postura do alongamento baixo das pernas); 5ª) Du Li Shi (posição de apoio sobre uma única perna); 6ª) Zuo Pan Shi (postura sentado sobre a própria perna torcida). As outras duas posições variam muito entre as diferentes práticas adotadas pelos sifus.


Qi Ma:
     A mais importante das oito posições é a postura a cavalo. As outras posições, com suas distribuições de peso diferentes, ângulos e torções, são criadas a partir da postura a cavalo. Nesta posição os pés devem estar paralelos e apontando para a frente. As pernas são afastadas duas vezes a largura dos ombros. Cada uma das pernas deve suportar 50% do peso do corpo. A coluna deve estar ereta. Altura da posição deveria ser menor do que aquela da zona de conforto, mas não muito baixa, na mesma altura dos joelhos. Assim como em todos os aspectos do kung fu, existem particularidades nos muitos métodos (estilos) ensinados por cada sifu e por isso o posicionamento das mãos pode variar muito tendo normalmente os ombros relaxados e as mãos na altura dos ombros.
  No vídeo a seguir é demonstrada uma das variações da posição do cavalo.


Outras cinco posturas serão apresentadas nos próximos posts.

Este post foi adaptado do texto original de Richard Miller publicado pela revista Inside Kung Fu em novembro de 1981.
Revista Inseide Kung fu dezembro de 1981 bases do kung-fu posturas kung-fu estancia kungfu gongfu prática suprema horse stance postura do cavalo

Fontes: 







quinta-feira, 21 de março de 2013

Como a água


     Não é só o Anderson Silva que toma da água a inspiração para o combate. Do Livro dos Cinco Anéis vem o fragmento:

     O espírito da escola de estratégia Ni Ten Ichi se baseia na água, e este Livro da Água explica os métodos de vitória na forma da espada longa da escola Ichi. A palavra não consegue explicar o Caminho com todos os seus detalhes, mas eles podem ser apreendidos intuitivamente. Estude este livro: leia uma palavra e pondere. Se sobre ela interpretar seu significado superficialmente, você confundirá o Caminho. Os princípios da estratégia estão analisados aqui em termos de luta homem a homem, mas você tem que pensar em nível amplo para chegar a compreender as batalhas em que dez mil homens formam de cada lado. A estratégia é diferente das outras coisas na medida em que, se você confundir o Caminho, um pouco que seja, o resultado será a desorientação completa e a aquisição de maus hábitos. Apenas lendo este livro você não atingirá o Caminho da Estratégia. Absorva o que vai escrito aqui. Não se limite a ler, memorizar ou imitar, mas, para penetrar no princípio e tê-lo gravado em seu coração, estude, estude muito.

Miyamoto Musashi matando um gigante samurai história de download livro dos cinco anéis book of five rings kendo karate jiu jitsu japão

Miyamoto Musashi foi o mais famoso dos samurais. Saiba mais sobre esse personagem simultaneamente histórico e lendário no link.

 Faça download do Livro dos Cinco Anéis aqui.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Os chutes do Taekwondo

     Estes dois vídeos se propõem a ensinar o básico das técnicas de chutes do Taekwondo. Achei interessante.






terça-feira, 19 de março de 2013

Por que as artes marciais são especiais?


     As artes marciais diferem de outros esportes e programas de exercícios porque seus métodos são aplicados não apenas no treinamento do o corpo mas também do espírito e da mente ,juntos como um todo. Através de estratégias específicas destinadas à autodefesa e ao autodesenvolvimento o artista marcial explora uma brecha na lei natural que diz que o forte domina o fraco e o veloz vence o lento.  As artes marciais ensinam que através do uso do conhecimento e do treinamento duro, um guerreiro é capaz de transformar um adversário mais forte e mais rápido em um mais fraco.
     Ao trilhar o caminho das artes marciais o praticante une a resistência do corpo, com a energia do espírito e do conhecimento da mente. Como a água o artista marcial aprende a se aproveitar da mínima brecha, a transformar os pontos fortes de seus oponentes em fraquezas e a encontrar aberturas que aumentam suas chances de sucesso em qualquer situação.

texto adaptado de GAGLIARDI, gary. Bing-Fa: Martial arts Strategy. Clearbridge Publish: 2006

    Ver também: